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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Nematoides gastrintestinais e Cryptosporidium sp. em avestruzes e fatores associados à infecção no Polo Regional do Paraguaçu, Estado da Bahia

Aguiar de Oliveira, AlexLopes Borges, Simoneda Silva Julião, FredSilva, AdemiltonMaria Mendes de Souza, VerenaXavier da Silveira, RobertaCristina Aquino Teixeira, MárciaAngela Ornelas de Almeida, Maria

Os parasitos são responsáveis por prejuízos econômicos na estrutiocultura, visto reduzirem a produção. Para determinar a frequência de nematoides gastrintestinais e de Cryptosporidium sp., em avestruzes, bem como os fatores associados a transmissão, foram colhidas amostras de fezes de 342 avestruzes, dos quais 188 eram adultos e 154 jovens, criados em sete plantéis no Polo Regional do Paraguaçu, para a contagem de ovos por grama de fezes, identificação de larvas de terceiro estádio de nematoides e de oocistos de Cryptosporidium sp. Os dados relacionados aos animais e ao ambiente foram obtidos por meio de visita às propriedades e entrevistas com os produtores. A associação entre a carga parasitária e às variáveis de manejo dos animais foi analisada pelo teste Qui-quadrado e por Razão de Odds, com intervalo de confiança de 95%. Em todos os plantéis, foram encontradas aves infectadas. Em 88,3% das amostras de fezes, foram detectados ovos de nematoides gastrointestinal, e, em 18,8%, oocistos de Cryptosporidium sp. Larvas de Libyostrongylus dentatus (98%), L.douglassii (2%) e Codiostomum sp. (2%) foram identificadas nas coproculturas. Fatores ambientais e de manejo estão associados com risco de enteroparasitos em criações de avestruz. As aves mantidas em piquetes de topografia acidentada, na ausência de outros animais ou que recebiam água procedente de poços ou cisternas, apresentavam menores chances de infecção por nematoides, enquanto para o gênero Cryptosporidium, as criações em áreas planas, com presença de outros animais nos piquetes e o fornecimento da água do rio aumentam as chances (2,7 vezes) de infecção.

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