Preservação química de cadáveres de suínos: reduzir e reciclar sem perder a qualidade no ensino
Damy, Suelu BlanesSantos, Ruth Neves dosCamargo, Roberto de SouzaSoares, Luiz AlbertoOsaka, Junko TakanoVidotti, Cláudio AntonioOtoch, José Pinhata
Este artigo tem como objetivo descrever a preocupação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em reduzir o número de animais usados no ensino. Dezesseis suínos, adquiridos de fornecedor comercial, com aproximadamente 20 quilos, receberam pré-anestésico, intramuscularmente, cloridrato de cetamina (15 mg/kg) e cloridrato de xilazina (2mg/kg); indução com Tiopental sódico (10 mg/kg) endovenoso, veia marginal da orelha, utilizando cateter 22G; manutenção pela infusão de 100 ml de solução fisiológica contendo 1 g de Tiopental sódico, 10 ml de Fentanyl 50g/ml. Intubação com sonda endotraqueal, com auxílio de laringoscópio, permanecendo conectados ao respirador. Tiveram cateterizadas a carótida, para infusão de solução fisiológica heparinizada (2,500Ul), e a jugular para drenagem. Infusão de cloreto de potássio após aprofundamento do plano anestésico, para eutanásia. Quando o líquido drenado tornava-se claro, foram perfundidos com solução de larssen modificada (100 ml/kg). paralelamente, foram utilizados conjuntos forácicos, laringe, traquéia, pilmões, coração, e conjuntos digestivos, desde a porção do esôfago forácico até o ílio. tanto as carcaças inteiras como os conjuntos foram mantidos a -20ºC e descongeladas, à temperatura ambiente, 48 horas antes de serem utilizadas. As carcaças mantiveram características físicas. Os modelos alternativos aos animais apresentados foram utilizados com sucesso em inúmeras práticas em treinamento das habilidades dos graduandos e residentes da FMUSP, e outras áreas para estudos prévios de cirurgias experimentais, permitindo a redução, a reciclagem e a reutilização de carcaças suínas pela preservação química e física. Certificado CEAU nº 0828/08 HCFMUSP.(AU)
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