Shigueloses. Comparação de métodos de colheita das fezes no diagnóstico bacteriológico das enterocolites crônicas. Aglutininas e coproaglutininas na enterocolite crônica
de E. Taunay, AugustoFernandes Pontes, J.Prado, ErastoSandoval Peixoto, Ethel
Se o diagnóstico das shigueloses e das salmoneloses agudas não representa maior problema para o clínico e o laboratorista, uma vez que a sintomatologia é típica e o germe facilmente encontrado nas fezes, o mesmo não acontece nas formas crônicas, nas quais, além de não ser característica a sintomatologia, o agente causador é algumas vezes dificilmente assinalado à coprocultura. Os autores, no presente trabalho relatam os achados de bacilos disentéricos e de salmonelas num total de 5.918 exames realizados de 1950 a 1954, dos quais 836 positivos. Examinaram amostra da população de um município de São Paulo (Itatiba), colhida ao acaso na zona urbana e rural. De 1.476 pessoas examinadas, em 4,47% foram encontradas enterobactérias patogênicas, As diferenças entre a população urbana e rural não são de ordem a permitir qualquer conclusão. Com o fito de comparar a influência de diferentes métodos de colheita de fezes nos resultados dos exames, estudaram particularmente 123 indivíduos, todos com história de enterocolite crônica. Na grande maioria deles, fizeram 4 séries de exames em dias diferentes, usando as seguintes técnicas: a) fezes colhidas naturalmente; b) colheita direta na ampola retal ("swab"); c) aspiração; d) raspagem da mucosa retal. Para esses 123 indivíduos, ao todo foram feitas 2.628 culturas, sendo que em 42 delas, os autores encontraram alguma enterobactéria reconhecida
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