VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 70-83

Ação das espécies reativas de oxigênio nos espermatozoides

Araujo, Endrigo Adonis Braga deSilva, Luis Fernando Mercês ChavesOliveira, Sidnei Nunes deDalanezi, Felipe MoralesAndrade Junior, Luiz Roberto Pena deSouza, Fabiana Ferreira deDell'Aqua Junior, José AntonioPapa, Frederico Ozanam

Para que os espermatozoides possam executar suas funções e alcançarem o objetivo final, que é a fecundação, necessitam de energia que advém da adenosina trifosfato (ATP). Durante o metabolismo, a energia é armazenada na forma de elétrons de alta energia que são direcionados a cadeia de transporte de elétrons, composta de cinco proteínas supramoleculares. Neste processo, há a formação de um radical intermediário, o ânion semiquinona (Q) que eventualmente é capaz de transferir este elétron desemparelhado ao O2 e formar as espécies reativas de oxigênio, sendo as principais o superóxido, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila. Essas moléculas são altamente reativas e nos espermatozoides desencadeiam processos que levam à degradação e decréscimo na qualidade celular. Porém, essas mesmas moléculas que muitas vezes são consideradas grandes vilãs, também participam de mecanismos que culminam na fertilização e formação do zigoto, adquirindo assim uma grande importância. Com o advento da criopreservação de sêmen e o estresse oxidativo associado ao processamento, as espécies reativas de oxigênio entraram em evidência nas pesquisas, tornando-se necessário o estudo de sua ação e maneiras de reduzir o estresse oxidativo.(AU)

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