Diagnóstico presuntivo de espinha bífida em paciente canino
Rabelo, Amanda LoreneSousa, Felipe Gaia deBeier, Suzane Lilian
O objetivo do presente relato é descrever um diagnóstico presuntivo de espinha bífida em um cão sem raça definida, mediante inconsistências diagnósticas prévias. A espinha bífida é uma anomalia congênita incomum, caracterizada pela má formação óssea mediante o fechamento incompleto ou a inexistência do arco dorsal da estrutura vertebral durante o processo de embriogênese. Os animais portadores dessa condição podem apresentar principalmentedificuldades no processo de locomoção, o que ameaça constantemente a qualidade e a sobrevida dos afetados. A espinha bífida pode se apresentar de quatro diferentes formas e em graus variados. Um cão sem raça definida de 5 meses foi atendido em uma clínicaveterinária em Conselheiro Lafaeite/MG com dificuldades no processo de locomoção e inconsistências diagnósticas prévias em outros serviços veterinários. No exame físico, ele apresentava cifose em região torácica e diminuição da capacidade proprioceptiva nos membros posteriores. Após a realização de radiografias, foram observadas alterações morfológicas torácicas no segmento entre as vértebras T5 a T9, com processos espinhosos duplicados e decréscimo nas dimensões do espaço intervertebral. O exame radiográfico sugeriu evidências presuntivas de espinha bífida torácica, em virtude da indisponibilidade financeira da tutora para a realização de exames mais sensíveis como tomografia e ressonância. Diante dos sinais clínicos e exames apresentados, prescreveu-se fármacos para controle álgico e neuropático como gabapentina e pregabalina, em momentos distintos, até novas recomendações, sendo que estes demonstraram eficácia terapêutica ao paciente. Atualmente, o paciente faz uso de cadeirinha adaptada para locomoção devido à perda da movimentação dos membros posteriores, além do acompanhamento fisioterápico semanal e sessões de acupuntura.(AU)
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